HUM implanta prontuário eletrônico em todos os setores
O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) conta com
100% dos setores com Prontuário Eletrônico, funcionando dentro de um sistema informatizado
de gerenciamento do governo do Paraná, chamado de GSUS. Isso quer dizer que todas
as ações de assistência à saúde da população estão registradas online, o que agiliza
a gestão, a segurança e o acesso às informações sobre os pacientes.
Para explicar melhor o que isso significa, conversamos com João
Carlos Torquetti Rodrigues, servidor do Núcleo de Informática do HUM. Segundo
ele, o GSUS é um gerenciador hospitalar desenvolvido com o objetivo de
informatizar todos os hospitais estaduais. Ele é fruto de um projeto da
Celepar, Companhia de Informática no Paraná.
“É um sistema web, que permite ao Estado o gerenciamento e o
acesso às informações dos pacientes atendidos em todos os hospitais
participantes. Mas o GSUS não se resume ao Prontuário. Este é apenas um módulo
do sistema, que conta ainda com diversos outros como o módulo laboratório,
faturamento, farmácia, entre outros”, explicou Rodrigues.
O HUM está comemorando, no entanto, a informatização do prontuário
eletrônico, que tem como objetivo reunir as informações e as evoluções acerca de
todos os pacientes. A implantação foi iniciada nas enfermarias e nas Unidades
de Tratamento Intensivo (UTI); em seguida, chegou ao Pronto Atendimento; agora,
fechando o ciclo, também faz parte da rotina do Ambulatório de Especialidades.
Isso permite que um paciente que sofreu uma internação na
enfermaria e, posteriormente, foi atendido no ambulatório, tenha suas
informações de internamento recuperadas pelo médico que fará o atendimento
recorrente. E mais: o acesso às informações é definido pelo tipo de
profissional que utilizará o serviço. Os médicos do HUM conseguirão recuperar
todas as informações registradas por médicos de Ponta Grossa e outros hospitais
dentro do GSUS. O profissional conseguirá ver os exames que foram feitos, as
medicações que foram prescritas, as evoluções do paciente durante o tratamento.
Além de facilitar o trabalho, isso traz segurança para as informações.
“Dentro do sistema, existe todo um complexo de segurança, com níveis de permissão de acesso definidos pelas chefias.
Cada funcionário tem um perfil e, de acordo com ele, são definidas as permissões.
Por exemplo, o técnico de laboratório tem acesso aos exames e aos resultados deles,
mas não às informações de evolução e prescrição médica que não são de sua área.
É importante reforçar que o GSUS foi desenvolvido pela Celepar, que também
desenvolveu e mantém atualizado o sistema do Detran, do Judiciário, da Nota
Fiscal Paranaense, é a Companhia quem emite sua identidade, sua carteira de
habilitação. Então, a segurança é inegável”, destacou Rodrigues.
O GSUS local – A equipe responsável por implantar o GSUS sistema no HUM é composta por João Carlos e Gilmar Antonio Beal, ambos gestores do sistema. Eles realizaram a implantação também no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá (Lepac/UEM); no ambulatório da UEM; e no Sesmt, que é o serviço de segurança de trabalho da Universidade. É ali que os funcionários realizam o exame periódico de saúde.
Além da implantação, o Núcleo de Informática do HUM
disponibilizou um tutorial para o uso do GSUS. Segundo Torquetti, é necessário o
entendimento de como registrar as informações corretamente no sistema.
“Isso é de suma importância quando se fala de prontuário do
paciente, porque estamos falando das informações do tratamento da enfermidade da
pessoa. O médico precisa saber como inserir essas informações, como fazer a evolução
do paciente, como definir o tratamento dele, como requisitar exames de
laboratório, exames de imagem, entendendo como são feitas essas solicitações.
Enfim, é preciso compreender todo o processo. Para ensinar como isso se dá,
desenvolvemos vídeo aulas, além de arquivos em PDF e Power Point, que são
manuais do GSUS. Tudo está disponível no site do HUM, onde é possível acessar e
repetir o conteúdo quantas vezes forem necessárias até que se tenha pleno
conhecimento de como processar essas informações dentro do sistema. Isso é
importante não só para os médicos, mas para os alunos de medicina, internos e
residentes, que atuam no Hospital”, anunciou Torquetti.
A residente de reumatologia Sueny Monarim afirmou que ainda está pegando o jeito do GSUS. “A maior dificuldade que encontrei foi na anexação dos exames externos, que poderiam ser escaneados e colocados no prontuário eletrônico”.
A interna do 6º ano de medicina da Universidade Estadual de
Maringá, Paula Guerra, concorda com Sueny, afirmando que sente falta da opção
de “anexar os exames impressos e de imagem, já que só com o laudo se perde
muito no processo de diagnóstico”. A interna ainda completa explicando que
“alguns médicos e internos já usavam o GSUS no pronto atendimento e no internamento,
então a transição foi um pouco mais fácil. Mas, ainda sim, é complicado, porque
quem faz o programa não é quem usa, mas estamos nos ajustando e trabalhando
juntos para melhorar o atendimento aos nossos pacientes”, completou a
estudante.
Comentários
Postar um comentário