Curso sobre SUS quer fortalecer a atenção básica
O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) promoveu
um curso sobre as Redes de Atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). O tema é
destaque no cenário da saúde de Maringá, que já foi premiada pela forma como
atende a população da cidade. Para conhecer como isso acontece no nosso
município, conversamos como uma das ministrantes do curso e gerente de Regulação
da Secretaria Municipal de Saúde, Patrícia
Portolese.
Segundo a gerente, todo atendimento da Atenção Básica que é
feito nas 34 Unidades Básicas de Saúde (UBS) começa com uma consulta a um
clínico geral. Este profissional faz um diagnóstico e envia os pedidos de exame
e atendimento especializado para a Central de Regulação na Secretaria Municipal
da Saúde. Esse processo, que é feito online, gera uma Classificação de Risco. O
pessoal do administrativo da Secretaria consulta alguns protocolos e determina
o nível de urgência, emergência ou de baixa prioridade, que não há risco de
morte. “Esta foi a maneira que encontramos para organizar o atendimento e acabar
com as filas de consultas especializadas de forma ágil. E, efetivamente,
conseguimos conter as filas em 2017”, comentou Patrícia.
Esse processo de avaliação de risco e encaminhamento é
chamado de Regulação porque, além da distribuição dos pacientes, todo o
atendimento é acompanhado pela equipe da Secretaria. Com esse modelo de
eficiência e organização, as pessoas são assistidas mais rapidamente e os
servidores ficam menos sobrecarregados, pois têm regras claras a seguir no
encaminhamento dos cidadãos à rede de saúde.
A organização – Segundo Patrícia, anteriormente, o controle
era feito pela auditoria, setor que fecha os contratos com os prestadores de
serviço da rede municipal. Porém, o secretário da Saúde, Jair Biatto, estabeleceu
que passasse para a Regulação, que foca as ações especificamente no atendimento.
“O Colegiado da secretaria foi ouvido e nós desenvolvemos ações para acabar com
filas. Tínhamos, por exemplo, fila de 4 anos para a neurologia. Filas de
ultrassom desde 2013 que nós acabamos em três meses, apenas concentrando nossos
esforços na gestão”, explicita a ministrante do curso.
Agora, com o critério de prioridade, há uma fila única para
todo município. Os pacientes com alta prioridade têm de 30 a 40 dias para serem
atendidos seja qual for o seu problema. No caso de média e baixa prioridade, o
prazo é, respectivamente, de 45 a 90, e de 90 a 180 dias. Esse escalonamento
distribui as demandas de forma organizada, garantindo o atendimento a todos os
cidadãos, dentro das suas reais necessidades. “Além disso, essa organização
permite que a gente gaste os recursos da Saúde de forma mais eficiente. Estamos
poupando dinheiro público”, garantiu a gerente. Patrícia ainda disse que a Secretaria
de Saúde de Maringá foi premiada pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde (Conasems), pela reestruturação do atendimento no Município.
O curso ministrado no HUM sobre as redes de atenção foi organizado pela Diretoria de Enfermagem, por meio do Setor de Educação Permanente, com o objetivo de mostrar como
funciona a rede do município aos profissionais da área da saúde. A ideia foi sensibilizar
as equipes dos Ambulatórios de Especialidades quanto à deliberação dos
pacientes em filas de consulta. “Quando os servidores entendem as demandas da
Regulação, conseguimos baixar os gastos da saúde e fortalecer a Atenção Básica.
Se dermos a Atenção Básica a credibilidade que ela precisa a Atenção Secundária
vai funcionar como vem acontecendo em Maringá”, explicou Patrícia Portolese.
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