Farmácia hospitalar mobiliza técnicos, alunos e professores

Em 5 de agosto, é celebrado o Dia da Farmácia. O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) possui serviço próprio de distribuição de medicamentos. É a Farmácia Hospitalar. Os responsáveis por cuidar do setor são o chefe da Divisão da Farmácia Hospitalar, José Gilberto Pereira, e o diretor de Análises Clínicas e Farmácia Hospitalar, Cleverson Antônio Poças. Em uma conversa com eles, foi possível saber mais detalhes de como funciona esse setor no HUM.

Cleverson Antônio Poças à esquerda e Gilberto Pereira à direita

A farmácia é um serviço de saúde em favor do ser humano, em especial dos doentes, e tem como objetivo dar suporte para a terapêutica das doenças. Ela oferece suporte por meio do desenvolvimento, da gestão e da distribuição, ou seja, do abastecimento e fornecimento de medicamentos para a realização do tratamento. 

O HUM tem uma farmácia central e três satélites, da UTI, do Pronto Socorro e do Centro Cirúrgico. A diferença entre elas é o local de atendimento. “Uma particularidade da farmácia hospitalar é essa composição, nós temos o que nós chamamos de central de abastecimento farmacêutico e as farmácias distritais dentro do hospital, que são farmácias que atendem setores específicos, que a gente chama de farmácia satélite”, explicou José Gilberto.

É função do farmacêutico que atua dentro de um hospital garantir que o medicamento prescrito pelo médico chegue, na dose certa, de forma ágil para o paciente correto. “Cuidamos da aquisição da medicação até ela chegar no paciente e ainda orientamos como administrá-la”, explica Gilberto Pereira.

Mas a farmácia vai além disso. Um avanço que está acontecendo na área é o monitoramento dos eventos adversos e dos resultados da administração da medicação. Essa discussão é proposta pela Farmácia Clínica, já que “é difícil a gente falar em farmácia hospitalar e desvincular a farmácia clínica, que é o farmacêutico atuando diretamente com o paciente, junto com a equipe multiprofissional, em benefício da pessoa que está doente”, afirmou Poças.

Da esquerda para à direita: Osélia Fabricio, Jéssica Wais e Aline Daniele Pagliotto

No ambiente hospitalar há uma Comissão de Farmácia e Terapêutica que se responsabiliza pela padronização de medicamentos. “Então, quando o médico, que é o prescritor, vem atuar aqui, ele tem acesso a essa lista para saber o que ele pode prescrever. Em outras palavras, o médico tem que seguir a padronização, e cada hospital tem a sua”, explica Cleverson Poças. “Assim, nota-se que a farmácia hospitalar é um pouco diferente. Existe um racionamento no sentido de você ter representantes terapêuticos mais específicos para o tratamento de doenças que são atendidas no hospital”, completa Pereira. 

DesafiosÉ importante destacar que a farmácia, como qualquer outro serviço dentro do hospital, trabalha com a resolução de problemas. Por isso, não tem como criar uma rotina. Cada dia é uma resolução diferente, um paciente diferente, com uma doença diferente e um tipo de medicamento diferente.

“Às vezes, temos dificuldades com o abastecimento de um medicamento, porque está em falta na indústria. Ou pode acontecer algo com a logística, por exemplo, um medicamento que teve uma utilização acima do padrão previsto em um mês e não dá tempo de repor. São coisas enfrentadas diariamente na nossa atuação”, diz Poças, que trabalha com uma equipe de oito farmacêuticos e trinta e dois técnicos. 

Além disto, a farmácia hospitalar do HUM é campo de ensino e aprimoramento para alunos da graduação e pós-graduação (Residência Multiprofissional). Durante o curso de Farmácia oferecido pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), os alunos fazem uma disciplina chamada Farmácia Hospitalar e Clínica, que tem toda sua parte prática dentro do serviço de farmácia do HUM. 

“Por outro lado, a docência contribui com o serviço por meio do desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão, como é o caso, por exemplo, do Serviço de Informação sobre Medicamentos, iniciado em 1998, como um projeto de extensão, coordenado pela professora Estela Louro”, explicou a professora Gisleine Elisa Cavalcante da Silva, que coordena o Programa de Residência Integrada Multiprofissional na Atenção à Urgência e Emergência, do Hospital Universitário de Maringá.

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