Pedagogia Hospitalar do HUM completa 12 anos
Foto: Natália Quiarati - TV UEM |
Esta reportagem tem como objetivo comemorar os 12 anos da atuação
da Pedagogia Hospitalar do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), que
presta um serviço de extrema importância. Nossa entrevistada é a coordenadora deste
projeto, a professora Meire Calegari.
A pedagogia hospitalar, segundo os teóricos que
fundamentaram as pesquisas da professora Meire, tem mais de um enfoque. Essa
área surgiu através de algumas experiências realizadas, em 1970, na Espanha,
entre acadêmicos dos cursos de Educação e Medicina. “Basicamente, partiu de uma
experiência de uma aluna do curso de Educação. Ela levava atividades para o
irmão, que estava hospitalizado, como forma de distração. Durante as visitas,
ela acabou observando que as outras crianças se aproximavam querendo participar
destas atividades. Ela registrou essa experiência junto aos seus professores e,
então, nasceu à pedagogia hospitalar na Espanha”, explica a Meire Calegari.
Mas, a pedagoga chama atenção para o fato de que um dos
enfoques deste tipo de trabalho é a escolarização dentro do hospital. As crianças
que estão impossibilitadas de ir a uma escola recebem assistência de
profissionais da educação, como pedagogos. Aqui no HUM, o Serviço de
Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh) é que atua nesta área,
com o objetivo de diminuir os impactos da interrupção do ensino formal na vida
das crianças que ficam internadas.
A professora Meire Calegari Foto: Fernanda Fukushima |
Porém, a Pedagogia Hospitalar tem outro enfoque. O objetivo é
a recreação para aliviar o stress que as crianças adquirem ficando internadas.
A equipe que desenvolve este trabalho dentro HUM é formada por professores e
alunos do Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP/UEM), Pedagogia,
por exemplo, mas, também, do curso de Artes Visuais.
A coordenadora do projeto disse que tem como objetivo
ampliar essa equipe para participação de professores e discentes de outros
cursos, como as Artes Cênicas e Música. “Nós temos assim, a possibilidade de
trazer para essas crianças várias vivências que ressignificam o espaço do
hospital, que há muitos anos vem se reconfigurando como espaço de dor, de
sofrimento, mas nós não precisamos vivenciar só esse lado negativo do hospital”,
comenta Meire Calegari.
Foto: Natália Quiarati - TV UEM |
Rotina – O trabalho dessa grande equipe começa, primeiro,
com a higienização da brinquedoteca do Hospital, onde são realizadas as
atividades de recreação com as crianças internadas. Depois o grupo passa na
Enfermaria, onde são orientadas sobre quais crianças estão liberadas para as
atividades e quais precisam permanecer isoladas ou estão com alguma restrição
de contato. As atividades vão de “contação” de histórias nos leitos, jogos e
até artísticas, como colagens e pinturas livres.
Segundo Meire Calegari, as experiências vivenciadas nestes
12 anos de atuação no HUM são muito positivas, “as crianças, realmente,
conseguem passar momentos especiais conosco, esquecendo um pouco da doença e
das situações de dor e preocupação. Por isso, nos sentimos muito felizes
realizando esse trabalho”, concluiu a professora.
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