HUM contribui com a formação de médicos e a pesquisa em medicina

Foto: Fernanda Fukushima

Dia 18 de outubro é comemorado o Dia do Médico. Este é um profissional que a gente confia, mas que não é daqueles que a gente quer encontrar todos os dias. Afinal, apesar de ele ser aquele que controla nossa saúde, periodicamente, pode ser o responsável por resolver um mal súbito ou nos salvar de ferimentos de um acidente. O que a gente não pode esquecer, no entanto, é que os médicos são pessoas, iguais a gente, que também sofrem, sorriem e trabalham para fazer alguém se sentir melhor, se sentir feliz.

Para comemorar esse dia, fomos até o Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) para conversar com esses profissionais. Encontramos o doutor Paulo Roberto Donadio, que atende a especialidade de reumatologia todos os dias, no HUM. Ele disse que o dia a dia da profissão é tão envolvente que ele nunca tinha pensado na pergunta que fizemos: o que é ser médico? “O que posso dizer é que, diante das dificuldades de hoje, ser médico é se colocar a frente do paciente e mostrar a ele como o meu conhecimento pode ajudá-lo em alguma coisa. Entregar a ele minha expertise. Mas, principalmente, me colocar no lugar do paciente para que o atendimento possa ser completo e acolhedor. Essa é grande dificuldade, se colocar no lugar do outro”, reforçou Donadio.

O reumatologista disse que isso também é difícil no processo de formação de médicos, que é uma das tarefas de boa parte dos profissionais de medicina que atuam no HUM. O Hospital foi criado para dar apoio ao curso de medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Dr. Paulo Roberto Donadio
Foto: Fernanda Fukushima

“Aqui temos a chance de fazer um trabalho mais eficaz, porque temos turmas pequenas e estamos perto dos nossos alunos, seja nas aulas teóricas ou na fase de internato, em que eles vão colocar em prática as coisas que aprenderam em sala de aula. Esse processo de estar junto é fundamental para criarmos esse médico que acolhe. Esse é nosso diferencial. Embora seja difícil, nestes 30 anos do curso, que estamos comemorando este ano, temos tido sucesso na formação. E a gente não consegue imaginar Maringá e região sem o HUM. Embora a gente tenha dificuldades, o Hospital proporciona oferecer à comunidade um atendimento de excelência em todas as suas áreas e formar novos profissionais com qualidade. O ápice da dificuldade é o Pronto Socorro, que tem sobrecarga de pacientes, mas em outras áreas nós somos referência por meio do que fazemos aqui nesta instituição com o apoio dos nossos alunos e residentes. Temos orgulho disso”, concluiu o professor Donadio.

Discente – Por que que ser médico? Essa pergunta também foi feita a um aluno do curso de medicina, Iago Gualda. “A maioria das pessoas se pergunta por que a gente escolhe uma profissão que está lidando sempre com dificuldades. Mas o médico tem um papel importante na vida das pessoas, positivamente, e isso é que nos estimula”, disse o quartoanista.

O aluno do quarto ano de medicina, Iago Gualda
Foto: Fernanda Fukushima

Segundo Iago, o curso da UEM forma de maneira ainda tradicional, em estágios diferentes que incluem teoria e prática. E ele se orgulha de ser aluno da UEM, porque é maringaense e a graduação da área é reconhecida como excelente em todo o país. “Aqui, no entanto, a gente procura ir além do envolvimento técnico e conhecer e saber agir na comunidade. Isso a UEM nos oferece porque temos o HUM como local de atuação. E, mais do que prática, aqui na instituição a gente pode fazer pesquisa, outro ponto importante para a formação do médico. Sem um hospital Universitário é impossível a gente desenvolver novas técnicas, novas habilidades e realizar verificações de técnicas já existentes. Enfim, o HUM é fundamental para a nossa formação e o aprimoramento dos nossos profissionais e também dos nossos próprios professores”, lembrou Gualda.

Internos e residentes de medicina atuando no HUM
Foto: Fernanda Fukushima

Desta forma, o HUM se orgulha de participar de forma efetiva da formação de novos profissionais, oferecendo a estrutura necessária para que eles se aproximem da realidade da população e possam interagir com o conhecimento dos professores e de outros profissionais que formam a comunidade UEM/HUM. Feliz dia dos Médicos.