Equipe da UTI Pediátrica apoia assistência de qualidade e ensino

A equipe da UTI PED do HUM conta com médicos, enfermeiros e técnicos
Foto: Ana Paula Machado Velho


A Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica (UTI PED), do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), chega aos 15 anos de serviço. Nesta trajetória, é preciso destacar a equipe do setor que vem apoiando o trabalho reconhecido como de excelência na região.

A pediatra intensivista Daniela Grignani Linhares, coordenadora do setor no HUM, disse que a UTI PED, como o serviço é conhecido no Hospital, iniciou o atendimento em janeiro de 2004, com o uma equipe que já trabalhava no Hospital, como o doutor Sérgio Ricardo Lopes de Oliveira, e ela, antiga servidora da UTI Neonatal. Atuaram, naquela época, outros médicos como Aldeliza Minconi; Daniela Veronezi  e João de Deus Linhares. Aos poucos, o setor foi ganhando sua identidade, no que diz respeito ao quadro de servidores. Esse grupo é diferenciado. A UTI tem médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que disponibilizam atenção absoluta 24 horas ao paciente.

São 11 médicos, todos eles com formação em terapia intensiva e muitos anos de experiência prática, coordenados pela doutora Daniela. Mas, há a equipe de enfermagem de 40 pessoas, entre enfermeiros e técnicos, que atuam em diferentes turnos.

O técnico de enfermagem Eduardo Koyama
Foto: Ana Paula Machado Velho
Eduardo Akio Imay Koyama está há cinco anos na equipe da UTI PED. O técnico de enfermagem disse que é muito gratificante entregar as crianças com a saúde recuperada para os pais e que se emociona quando elas vêm visitar o setor. Mas admite que é preciso gostar muito da pediatria e estar preparado para situações não agradáveis. “É um ambiente em que a gente recebe pacientes graves e, quando o óbito acontece, é muito marcante. Especialmente, porque a gente fica muito próximo da família. Quem trabalha aqui deve ser capaz de entender que a morte faz parte do nosso universo e é com esse pensamento que a gente deve se relacionar com os pacientes e seus familiares”, completou Koyama.

A enfermeira Loiva Salete Vendrame Mantovani acrescentou que, além de ter afinidade com o setor e as características dos pacientes, que são acrianças de 28 dias a 14 anos, é necessário estar apto a manejar os bebês e estar atento aos sinais vitais, que são característicos da idade que o setor presta atendimento. “Ainda há, o manejo da família. O segredo é se colocar no lugar da pessoa, da mãe, compreender a dor que é ter um filho em uma situação de saúde crítica, que pode levar à morte. Precisamos ter conhecimento para tratar dos nossos pacientes, mas também muita atenção com as famílias”, esclareceu a enfermeira da UTI PED.

A enfermeira Loiva Mantovani
Ensino – Importante também destacar que o setor é um local de ensino. Aliás, o Hospital Universitário é uma estrutura que subsidia o curso de Medicina e outros cursos da área da saúde, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A UTI Pediátrica é um dos locais que dão suporte à Residência em Terapia Intensiva Pediátrica, que existe desde 2009, no HUM, e que tem a supervisão da doutora Daniela Linhares.
Um dos residentes, o pediatra Daniel Lopes Aires, destacou que a estrutura do HUM ajuda a formar profissionais diferenciados, porque, além de ser enxuta, a equipe da UTI PED é preparada para o desafio de cuidar de crianças em risco de morte. “Temos um bom acesso aos docentes, que tiram nossas dúvidas e também temos oportunidade de viver o lado dos pacientes e das família, que ficam conosco 24 horas, enquanto a criança está internada. Nossa rotina didática é excelente, assim como nossa maneira de compreender o serviço de um médico intensivista pediátrico, que é diferenciado no que diz respeito ao relacionamento entre profissional e o doente”, explicou.

O residente Daniel Aires
Foto: Ana Paula Machado Velho
A ex-aluna do curso de Medicina da UEM e da Residência em Medicina Intensiva Pediátrica, do HUM, Nathália Satie Kido, trabalha no Hospital, que ela diz ser a casa dela. “Sei que o ambiente e a equipe de profissionais da UTI PED me proporcionaram um aprendizado diferenciado. Além dos cuidados médicos, aprendi como criar um relacionamento médico/paciente saudável. Esse é um diferencial que só se consegue criar porque não temos tantos leitos e nos relacionamos de forma próxima das mães das crianças internadas. Acho que esta estrutura foi muito importante para minha formação”, completa a intensivista.

Diante dos depoimentos da equipe, a coordenadora da UTI PED do HUM repete o alerta: “para manter a qualidade que temos no tratamento intensivo não podemos nos contentar com o bom, temos que ser ótimos profissionais. E temos enfrentado problemas para manter a qualidade, tanto na equipe médica, quanto na equipe de enfermagem. Há uma rotatividade grande, por causa da falta de concursos públicos, o que é um pouco desgastante, porque temos nos manter em um processo de treinamento constante com os prestadores de serviço temporários. Esse é o nosso principal desafio, manter os recursos humanos de alta qualidade dentro da UTI”, completa a doutora Daniela Linhares.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Hospital tem vagas abertas para profissionais de saúde credenciados

Hospital divulga editais de credenciamento para diversas áreas

Tomam posse novas diretoras do Hospital Universitário