Nova gestão do HUM busca mais recursos para o hospital



Há pouco menos de um mês, foi divulgado o resultado das eleições da nova diretoria do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM). Servidores e alunos dos cursos da saúde da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foram às urnas, no dia 11 de março, para eleger a nova superintendente e outros cinco diretores, que vão gerir o hospital nos próximos quatro anos. A Chapa 2 recebeu a maioria dos votos e, no dia 18 de março, tomou posse a nova superintendente do HUM, a ortopedista e professora do curso de Medicina da UEM, Elisabete Mitiko Kobayashi. Nesta matéria, ela nos conta sobre as primeiras ações e os planos da nova administração.

Entre as primeiras iniciativas da nova gestora, está uma viagem à Curitiba. A médica participou da posse do novo titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Carlos Alberto Gebrim Preto, e teve outros encontros importantes. “A nossa agenda está bem apertada, justamente porque estamos tentando ampliar os contatos, melhorar o diálogo com as lideranças locais e estaduais para ver se despertamos um olhar um pouco mais aguçado em relação ao HUM no sentido de nos ajudar a crescer”, disse Elisabete.

Na visita à Curitiba, na semana passada, a doutora esteve na posse do secretário de saúde de Estado, o prefeito de Apucarana, conhecido como Beto Preto. “Não tivemos a oportunidade de conversar com ele, visto que era um momento em que ele era o centro das atenções e nós estávamos justamente na maior correria para dar conta dos nossos compromissos na capital. Mas conversamos com o Ederlei Alkamin, o chefe da 15ª Regional de Saúde [braço da Sesa, na região de Maringá] e já estabelecemos algumas prioridades para o HUM com ele. Mostramos nossas demandas de equipamentos, estrutura e nos colocamos à disposição para novas parcerias, inclusive temos agendada uma reunião, aqui mesmo, na sede da 15° regional”, contou a superintendente.

Além da Sesa, a equipe do HUM esteve com alguns deputados em Curitiba. Segundo a doutora Elisabete, todos se mostraram muito parceiros e estão dispostos a ajudar o HUM a crescer. O grupo encontrou “o deputado Do Carmo, sempre muito preocupado com o HUM e o Hemocentro, e ainda mantivemos contato com a assessoria do Dr. Batista, que nos prometeu trabalhar no sentido de conseguir algumas coisas, como uma ambulância, se possível nova, pois a nossa já está sucateada”, anunciou a doutora.

Além disso, a médica esteve junto com o novo diretor administrativo Hermes Barboza, no Conselho de Orçamento do Estado, para discutir a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias. “Apresentamos nossa situação atual em termos de orçamento e financiamento, logo depois do Hospital Universitário de Londrina. Vimos que, apesar de ser bem maior e com serviços diferenciados, o HU de Londrina também está com dificuldades em questão de orçamento e de contratação de pessoal. Mostramos que é necessário realizar concursos, mostramos a situação de contratação temporária de credenciados e o consequente déficit de recursos para compra de equipamento”, resumiu a superintendente, que acrescentou que os Hospitais Universitários estão passando por mais dificuldades por causa da uma retenção de 30% dos recursos destinados a estas instituições. “Há uma lei que diz que não se pode reter recursos da saúde e da educação. Estamos lutando para resgatar esse montante. O Conselho de Orçamento foi bem receptivo em relação a isso. Provavelmente, eles vão programar uma audiência pública para nos dar uma força nesta questão”, disse a doutora Elisabete.


O CRM – A equipe do HUM ainda visitou o Conselho Regional de Medicina-PR, o órgão representativo da classe médica. “Estivemos junto com o conselheiro Carlos Naufel, que é da área da defesa profissional, e nos apresentamos como nova diretoria e nos colocamos à disposição também para parcerias. Ainda nos posicionamos em relação a um episódio do final do ano passado. Recebemos um indicativo de interdição ética do nosso Pronto Atendimento, encaminhado pelo CRM-PR. Fui, então, conversar com o conselheiro para adiantar os nossos esforços em relação à melhoria das condições de atendimento médico”, explicou a doutora.
    
Por fim, a nova superintendente disse que a sua equipe está em fase de avaliação da situação do HUM, mapeamento dos problemas, como os números de funcionários. “Estamos ainda revendo todos os processos em andamento e tentando manter o hospital em funcionamento, procurando já implementar algumas ações. Nossa prioridade e preocupação é o quadro de funcionários. Só no mês de fevereiro, 22 profissionais foram aposentados. Estimamos que nos próximos seis meses vamos perder mais funcionários ainda. As pessoas estão acelerando o processo de aposentadoria com medo da reforma da previdência. Junto a isso, estamos tentando regularizar algumas questões dentro do HUM”, esclareceu Kobayashi.

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