Retirada de indicativo de interdição marca sucesso de ação conjunta no HUM

O momento da retirada do cartaz de Indicativo de Interdição Ética, no PA, do HUM
Foto: Ana Paula Machado Velho

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) esteve no Hospital Universitário Regional de Maringá, nesta segunda-feira (3), às 9 horas, para retirar os cartazes que registravam o Indicativo de Interdição Ética, no Serviço de Urgência e Emergência (PA). Segundo as autoridades presentes, a medida marca diversas conquistas do Hospital, nos últimos cinco meses.

Em 20 dezembro do ano passado, o Pronto Atendimento do HUM recebeu o indicativo devido ao um entendimento do CRM-PR de que o Hospital não contava com um número suficiente de profissionais médicos e de enfermagem para o preenchimento das escalas de trabalho. Foi dado um prazo de 120 dias para as adequações necessárias.

Em 17 de abril deste ano, embora já tivesse adotado diversas ações visando atender às demandas do Conselho, a superintendente do HUM, Elisabete Kobayashi, pediu ao CRM prazo de mais 30 dias para garantir a solução dos problemas, o que foi concedido pela entidade. Em 21 de maio, um dia antes de vencer o segundo prazo, um fiscal veio ao Hospital e, depois de uma vistoria, emitiu um relatório, que foi a base para a decisão de retirada do indicativo, determinada na sessão plenária do CRM-PR, do dia 27 de maio.

Cartazes – A retirada dos cartazes foi realizada pelo Conselheiro Márcio de Carvalho, que estava acompanhando da delegada do CRM, em Maringá, doutora Fabíola Tasca. Eles foram recebidos pela superintendente do Hospital, Elisabete Mitiko Kobayashi; pelo vice-reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Ricardo Silva; pela diretora médica, Daniela Matsumoto; e pelo chefe da Divisão de Pronto Atendimento (PA), Luiz Ximenes.

Os representantes do CRM-PR: o Conselheiro Márcio de
Carvalho, e a delegada de Maringá, Fabíola Tasca
Foto: Ana Paula Machado Velho
Segundo Carvalho, “este é o fim do processo de Indicativo de Interdição no HUM. Constatamos que houve melhora significativa nas condições de atendimento do hospital. As escalas médicas, que foram o foco das denúncias e geraram o indicativo, estão todas completas, sem furos nos últimos meses. É importante dizer que, além disso, a estrutura de atendimento também passou por mudanças. Os corredores do Pronto Atendimento não têm mais macas com pacientes e o fluxo do PA teve sua gestão aprimorada, não só interna como externamente. A gestão do Hospital, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde, e dos próprios profissionais médicos, conseguiu modificar essas condições, beneficiando não só a população, mas o funcionamento do hospital como um todo”, avaliou o Conselheiro.

A superintendente do HUM disse que “a maior parte dos problemas foi solucionada, com muito empenho e trabalho das equipes e chefias do PA. Para vencermos os problemas de escala, os médicos se dispuseram a fazer horas-extras, além de se tornarem mais flexíveis para atuarem nos horários mais críticos de atendimento. Ainda temos necessidade de contratação, especialmente, de concurso para médicos efetivos, mas conseguimos vencer os grandes desafios, contando, também, com a ajuda do setor de regulação do município, que reviu o trabalho de encaminhamento de pacientes para o Pronto Atendimento, nos dando fôlego para receber as pessoas de forma mais adequada. Hoje, não temos mais macas no nosso corredor, o que demonstra que podemos, sim, com uma gestão conjunta de servidores médicos, enfermeiros, técnicos e as autoridades de saúde oferecer um atendimento de melhor qualidade a nossa população”.

Em equipe – Para o chefe da Divisão de Pronto Atendimento, Luiz Ximenes, o PA vive um momento de maior tranqüilidade, “porque conseguimos adequar nosso fluxo, revendo nosso trabalho interno. Mas, também, temos tido o respaldo do secretário municipal de Saúde, Jair Biatto, que reviu o fluxo de encaminhamento de pacientes. Não só os médicos, mas todos os profissionais do setor estão mais confiantes”, disse o cirurgião geral do HUM.

Autoridades da UEM, do HUM, do CRM e da Secretaria Municipal de Saúde comemoram o fim do indicativo no HUM
Jair Biatto acrescentou que o grande desafio do HUM e dos serviços de saúde é conseguir fazer com que o fluxo de pacientes respeite os protocolos de referência; isto é, que os pacientes sejam encaminhados para as instituições que estão previstas na organização da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). “Para que isso aconteça, é necessário que todos os atores da Rede participem. Foi isso que aconteceu aqui e que fez com que o HUM conseguisse tantas conquistas positivas, nestes últimos cinco meses”, explicou o secretario municipal de Saúde de Maringá.

O vice-reitor da UEM acompanhou toda a movimentação que marcou o fim do Indicativo de Interdição Ética. Ricardo Dias Silva comentou que, “em um curto período de tempo, conseguimos reverter uma situação crítica com ajustes internos. Mostramos que, com uma boa administração, a gente consegue avançar bastante. Aqui vemos o resultado de um trabalho feito com seriedade, com responsabilidade e esperamos avançar nestas conquistas. Ainda temos situações preocupantes. Precisamos que o Estado recomponha nosso quadro de pessoal e suspenda o contingenciamento de recursos da Universidade, garantindo a perpetuação deste atendimento com maior qualidade, aqui, no HUM”.

Participaram do ato de retirada dos cartazes,  também, a diretora de Enfermagem do HUM, Viviane Dourado; o diretor administrativo, Hermes Barboza; e a diretora de Farmácia e Análises Clínicas, Solange Martins.

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