Sareh do HUM completa 12 anos com curso de capacitação

A equipe do Sareh em atendimento na Brinquedoteca do HUM


Você já ouviu falar sobre o Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh)? Pois este é uma das atividades oferecidas pelo Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM). Para conhecer melhor essa iniciativa convidamos a pedagoga Ione Maria Ananias para conversar. Ela e sua equipe estão comemorando o aniversário de 12 anos do serviço, neste mês de junho. Para marcar a data, estão promovendo uma capacitação para o público envolvido com a educação no ambiente hospitalar.

No Brasil, o Sareh surgiu em 1969 como uma proposta educativa diferenciada, já que não é realizado dentro de escolas e, sim, em instituições hospitalares ou domiciliares. Diferentemente do que muitos pensam, o Serviço não atende somente crianças, apesar de elas serem o maior público assistido. O foco da assistência são todas as pessoas impossibilitadas de ir a uma instituição de ensino. O Sareh é uma alternativa de escolarização não tradicional para atender àqueles que estão com as faculdades intelectuais preservadas mas que se encontram internados em um hospital. "O Estado tem a obrigação de oferecer esse atendimento educacional, independente da pessoa estar doente ou não, se tem condição de ir à escola ou não", reforçou a pedagoga.

No Paraná, o Sareh surgiu em 2007, em Curitiba. Logo depois, em meados deste mesmo ano, chegou ao HUM. Quem gerencia a oferta deste serviço é a equipe do Departamento da Educação Especial, da Secretaria Estadual de Educação (SEED), porque é um atendimento especializado. “É uma parceria entre as secretarias estaduais de Educação e de Saúde com hospitais”, acrescentou a Ione Ananias.

Hospital Regional – No HUM, o atendimento começa com a identificação dos alunos que precisam de apoio. Ione Ananias faz o levantamento do público-alvo, é solicitada a permissão da família e a pedagoga os matricula no Sareh. Se o paciente vai ficar muitos dias, a equipe entra em contato com a escola da criança ou do adolescente e solicita que envie os conteúdos que estarão sendo perdidos, para que possam ser trabalhados no Hospital. Às vezes, na própria enfermaria, dependendo da situação de cada paciente.

A equipe do Sareh, no HUM, é formada por uma pedagoga, a Ione, e três professoras do Estado: Ângela Maria Pinto Gois, Vera Lúcia Pergo e Janaina Sales de Freitas. Elas dividem o trabalho por área de ensino: Linguagens, Humanas e Exatas, respectivamente. A Seed possui, também, um convênio com a Secretaria Municipal de Educação Municipal (Seduc), que sede uma professora para trabalhar com o Ensino Infantil e Fundamental I, a Angela Otilia Yunes Morotti. O grupo atua todas as tardes no HUM, junto aos pacientes. Em média, são 300 atendimentos por ano.
Capacitação – Para comemorar os 12 anos do Sareh a equipe, junto com a Assessoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (Depe), do HUM, está organizando o Curso de Extensão A atuação do SAREH no ambiente hospitalar: um olhar pedagógico. Quase 110 pessoas estão participando, desde o dia 6 deste mês (foto ao lado). São profissionais e pessoas da comunidade ligadas aos diferentes municípios da nossa região, ao Núcleo Regional de Educação, ao Hospital do Câncer de Maringá, a pré-escolas e a cursos de graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

“A ideia principal é discutir o tema violência, que foi escolhido por nós para ser trabalhado nos projetos educativos do Hospital. Como o HUM é referência para o atendimento a vítimas de maus tratos e violência sexual, achamos importante abordar estas questões, especialmente, como pessoas ligadas à área da educação e da saúde. As aulas estão sendo realizadas no auditório do HUM e vão até setembro”, anunciou Ione Ananias.

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