Hoje é o Dia do servidor público
O Dia do Servidor Público é comemorado em todo o Brasil em
28 de outubro. Esse é um grupo que tem sido de certa forma criticado na atual
conjuntura do país. Porém, no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) cerca
de 800 profissionais, entre docentes e agentes universitários, somando-se
estatutários, temporários e médicos residentes, lutam diariamente para devolver
a saúde à população de Maringá e região.
Romilda, ao centro, ao lado da enfermeira Kelly Luz |
Eu, Ana Paula, que escrevo este texto, devo confessar que
vim para o HUM recentemente. Passei 18 anos na Assessoria de Comunicação da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), até que me convidaram para assumir o
Setor de Comunicação do Hospital. Minha vida mudou e a minha visão de funcionalismo
público, também. Não é possível descrever o que essas pessoas fazem pelos
usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com todos os desafios que uma
instituição pública enfrenta, especialmente, na área da saúde.
No HUM, o compromisso com a qualidade vai além, já que o
Hospital lida com vidas. São pessoas cuidando de pessoas nas mais diversas
atividades. Desde a limpeza do ambiente, fundamental em uma instituição de saúde,
até o atendimento técnico e humanizado dos pacientes, sem esquecer de que ainda
há o viés de Hospital Ensino, que reúne alunos, médicos e professores na
empreitada de formar profissionais.
Lidia e Aryane |
A equipe – Consegui
fazer com que a técnica em enfermagem Romilda Mendonça, 43 anos, me desse uma entrevista.
Ela entrou no HUM por meio do último concurso público feito na área dela. Fez
provas em 2013, mas só foi contratada em 2016. “Estou realizada como servidora
pública, posso fazer planos, porque não tenho a insegurança de ser funcionária
de uma empresa privada. Por isso, consigo me programar e estou pagando a
faculdade da minha filha”, disse a enfermeira do setor de Ginecologia e Obstetrícia
(GO).
Pelos corredores, encontrei, também, a dupla dos serviços
gerais Lídia Teodoro, 54 anos, e Aryane de Lima, 31. As duas estão entre a
equipe responsável por deixar o Pronto Atendimento (PA) limpo. Lídia diz que
essa tarefa a permite fazer a diferença na vida das pessoas. “Ao contrário do
que muita gente pensa, nós trabalhamos muito, seis dias por semana, domingos e
feriados para atender aos nossos pacientes”.
José e Isabel |
Quanto à Aryane, que precisou entrar na justiça para ser
chamada para a vaga do concurso que foi aprovada, ser funcionária pública é uma
realização. “Consegui conquistar esse sonho, que mudou a minha vida”, confessou
a servidora.
Deixando o PA, vi a porta da sala do José aberta. Ele é o
responsável pela Central de Leitos do HUM. O que isso quer dizer? O José de
Farias, 52 anos, há 25 no HUM, é quem faz todas as manobras possíveis para
internar e dar alta para os pacientes que são encaminhados ou procuram o HUM em
uma emergência. “Me sinto muito bem por poder ajudar as pessoas em um momento
em que estão enfrentado uma situação difícil”, disse o técnico-administrativo,
ao lado da colega de setor Isabel da Silva.
Maria Margaret |
No caminho da minha sala, ainda esbarrei na Maria Margaret
da Silva, 59. Sempre a vejo passando com o carrinho de marmitas que vão
alimentar os pacientes do PA. Finjo que vou pegar uma para mim e a Maria abre
um "sorrisão". Parei para perguntar como ela se sente fazendo este trabalho e ela
falou que é super gratificante porque, todos os dias, ela tem o privilégio de “ajudar
seres humanos que estão precisando não só de comida, mas de carinho, amor”, lembrou
a servidora.
Denise |
Porém, nem só de estatutários vive o Hospital. A cozinheira
Denise Ramos Correa, 54 anos, é celetista no HUM. Mesmo assim, fez concurso
para entrar na equipe “e isso mudou minha vida, é um ambiente ótimo de se
trabalhar. Não queria ir embora do HUM, mas sei que, em breve, isso vai
acontecer, porque meu contrato é temporário. Nunca, em outra empresa, mesmo
ganhando mais, eu estive tão satisfeita com minha atividade como agora”,
destacou a maringaense.
A superintendente do HUM, Elisabete Kobayashi, lembrou que o
HUM é um ambiente muito especial, onde o cuidado e a qualidade do serviço
oferecido garantem a vida das pessoas. Nossos profissionais precisam de
condições favoráveis para cuidar e vem transpondo todo tipo de obstáculo para
realizar as tarefas que não param, 24 horas por dia. Eles são os verdadeiros
heróis”, concluiu a doutora.
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