“Ser médica no HUM é bom”, diz a doutora Daniela Matsumoto, no Dia do Médico
Comemorar o Dia do Médico é fácil, para a doutora Daniela
Álvares Matsumoto, diretora médica do Hospital Universitário Regional de
Maringá (HUM). Para ela, esse 18 de outubro tem uma energia especial, porque
ela vem “vivendo um sonho que não sonhou”.
A pediatra foi eleita, em março deste ano, junto com a atual
equipe gestora do HUM, para o mandato de gestão administrativa do Hospital até
2022. A diretora médica disse que todo esse processo surgiu muito rápido e,
hoje, ela está muito satisfeita por poder compreender o processo da medicina a
partir dos dois lados da moeda: o do médico e o da gestora.
“É um trabalho muito gratificante, porque conseguimos ver
que é possível contornar muitos dos problemas que temos se realizarmos o planejamento
e os contatos certos. Temos uma equipe muito boa de médicos e de todas outras
profissões ligadas à saúde, que precisa ser valorizada para que possa oferecer
o melhor atendimento aos nossos pacientes. Passamos por problemas financeiros,
de recursos humanos e temos empreendido todos os esforços para superá-los. Mas
é certo que só temos a dimensão real da situação de um hospital quando
participamos da gestão. E, aqui na diretoria, venho tendo a oportunidade de
conhecer e conseguir vencer muitos desafios da equipe médica do Hospital”,
explicou Daniela Matsumoto, que, no momento da entrevista, atuava como
superintendente em exercício, já que a gestora eleita, doutora Elisabete Mitiko
Kobayashi, estava de férias.
Daniela admitiu que a situação do médico, hoje, está
perdendo o glamour de tempos atrás. O médico, por um lado, se aproximou mais da
população, devido ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o que
desmistificou a sua atuação. Por outro lado, a situação econômica fez com que o
ganho financeiro destes profissionais não seja mais o mesmo. Para ela, no
entanto, isso não é exclusivo da área médica.
“Todas as profissões perderam um pouco da sua capacidade de
ganhar dinheiro. Na área da medicina, isso fica bem claro. Porém, não é por
isso que vou deixar de ser médica. É o que sei fazer, o que amo fazer. Claro
que ninguém vive de amor, ele não paga as nossas contas, mas nada no mundo vai
me fazer deixar a medicina. É o meu compromisso, é o eu sei fazer de melhor”,
confessa a pediatra.
Setor público –
Para a diretora médica “é muito bom ser médica no HUM”. Porque, além de
executar as tarefas de cuidado e cura, os doutores do Hospital Universitário,
como ela, ainda têm a missão de ensinar, atuam em um Hospital Escola. Eles
atendem casos mais complexos, que não conseguem ser resolvidos pelos outros
níveis de atenção à saúde e esse conhecimento todo gerado nessas ações são
divididos e passados aos alunos do curso de Medicina da UEM e das residências
médicas que acontecem no HUM.
“Produzimos pesquisas, muito conhecimento novo com a
participação de uma equipe muito eficiente e em parceria com os alunos, que
aprendem na prática, vivendo os casos que chegam ao nosso Hospital. No final,
somos médicos e professores, uma grande equipe, não só de pessoas formadas em
Medicina, mas as outras profissões que dão suporte ao nosso trabalho e acabam,
também, contribuindo, e muito, para a formação de novos médicos. Temos que
lembrar que o HUM não é espaço de formação só de médicos, mas de enfermeiros,
psicólogos e outras profissões da área da saúde. Um espaço muito importante,
senão fundamental para garantir profissionais de qualidade no futuro”,
esclareceu Daniela Matsumoto.
Como superintendente em exercício, Daniela Matsumoto
terminou a conversa mandando um recado em nome da equipe gestora do HUM para
médicos e professores, afinal, esta semana também foi dia do mestre, 15 de
outubro.
“Queremos parabenizar os médicos do HUM e todos aqueles que
cumprem a missão de cuidar e de curar. Mas também a todos os outros
profissionais que nos apoiam e nos ajudam a fazer do HUM um excelente Hospital
de assistência e de produção de conhecimento, um hospital que ensina e que
cuida da nossa população”, concluiu a pediatra.
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