HUM se mobiliza contra o Aedes aegypti



Cerca de 50 servidores do Hospital Universitário de Maringá (HUM) se mobilizaram, na manhã desta quinta-feira (13), em um mutirão para combater focos do mosquito Aedes aegypti, que causa a dengue, doença que vem preocupando as autoridades de saúde de Maringá e região.

O movimento foi deflagrado pela Assessoria de Planejamento, Qualidade e Assuntos Institucionais do HUM, que tem como responsável a enfermeira Jocimara Costa Mazzola. “Vimos que precisávamos nos mobilizar enquanto comunidade hospitalar”, anunciou a assessora.

Às 8 horas da manhã, o grupo se reuniu em frente à Recepção Social do Hospital. A iniciativa teve o apoio do reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Julio César Damasceno, e do vice, Ricardo Dias Silva, além da assessora especial para a Gestão Ambiental da Universidade, Elenice Tavares Abreu. Eles foram recebidos pela superintende do HUM, doutora Elisabete Mitiko Koayashi; pelas diretoras Daniela Matsumoto (Médica); Renata Braga da Silva Valim (Administração); Viviane Dourado (Enfermagem); Márcia Momesso (Hemocentro); e pela coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) do HUM, Odete Antunes de Oliveira.

A gestora do HUM lembrou que, nos anos 1960, o Brasil, junto com a comunidade, venceu a dengue. "Agora, nossa ação precisa ser de novo efetiva, cotidiana e dentro das nossas casas e dos ambientes que frequentamos. A situação está crítica e isso se reflete no número de atendimentos do nosso Pronto Socorro. E a situação pode piorar se não houver uma mobilização eficaz”, salientou Elisabete Kobayashi (discursando, na foto).

 A doutora Odete Oliveira, do NVE, alertou para o fato de que as notificações de casos aumentaram significativamente. De 5 para 40 casos por dia. “Hoje de manhã, já registramos a notificação de 20 casos. Isso nos alerta para o fato de que todos precisam se mobilizar. Não só o poder público. O mosquito já vem sofrendo mutações para se adaptar e sobreviver. Atua de manhã e à noite; sobrevive em água suja e limpa. Nós precisamos também nos mobilizar para nos defendermos deste vetor que provoca, também, a Zika e a Chikungunya, entre outras doenças”, completou a médica.

UEM – A assessora de Gestão Ambiental da UEM disse que a Universidade se mobilizou semana passada para fazer uma varredura no câmpus e se surpreendeu recolhendo quase 300 quilos de resíduos. “Temos muita gente na nossa comunidade e todos precisam se envolver. Os cuidados são simples, mas diários e constantes. Por isso, criamos um protocolo permanente para cuidar do câmpus e conscientizar as pessoas”, reforçou Elenice Abreu.

O vice-reitor da UEM destacou que os servidores do HUM são pessoas qualificadas para falar sobre o tema, porque convivem diariamente com as consequências da doença. Não só no atendimento no Pronto Socorro, mas conhecem os sintomas e as informações necessárias para diminuir o problema. “Vocês dão exemplo e são pessoas que podem impactar diariamente na vida das pessoas”, lembrou Ricardo Dias Silva.

O reitor Julio César Damasceno reforçou a ideia, dizendo que a população acredita, confia no que a comunidade do HUM fala, porque a instituição tem credibilidade junto à comunidade e às autoridades de saúde da nossa região, prefeitos e equipes de saúde. “Por isso, é importante esse exemplo que vocês estão dando. Temos mesmo que colocar à disposição nosso pessoal e o nosso conhecimento para combater o mosquito, mas também para estudar saídas que nos previnam de problemas futuros. Precisamos estudar a biologia do mosquito, a biologia do agente causador das doenças e nos prevenir. Temos as pessoas e o conhecimento para isso. Porém, nosso principal desafio é como convencer as pessoas da responsabilidade de cada uma delas nesta guerra”, conclamou o professor Júlio.

Mutirão – Os voluntários se dividiram em vários grupos e percorreram diversos pontos das imediações do HUM. Ainda não há um registro final da quantidade de material que foi coletada. O setor que cuida da gestão de resíduos do Hospital irá divulgar, em breve, os resultados da ação que, segundo a assessora Jocimara Costa Mazzola, não termina agora.

A iniciativa teve o apoio do servidor do setor de Serviços Gerais, Clemente Viana Dias. “Precisamos ficar sempre atentos, porque o mosquito pode estar em qualquer lugar, mesmo nas pequenas coisinhas que podem acumular água”, reforçou Dias.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Inscrições para Residência Multiprofissional no HUM iniciam na próxima semana

HUM terá mais 10 leitos obstétricos e deve dobrar número de partos realizados

Tomam posse novo diretor clínico e membros da comissão de ética médica do HUM