Projeto Educação, Gênero e Violência ressalta a atuação da mulher enfermeira em tempos de pandemia

 


Em comemoração ao dia 8 Março, Dia Internacional da Mulher, o Projeto de Extensão Educação, Gênero e Violência, coordenado pela professora do Departamento de Enfermagem (DEN) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Sueli Aparecida Castilho Caparroz, destaca e homenageia a importância das mulheres guerreiras que lutam diariamente contra à pandemia que vem causando centenas de mortes diariamente. 

 

Desde o ano passado foram registrados quase 49 mil casos de Covid-19 nos profissionais de enfermagem de todo o Brasil, dentre eles mais de 41 mil foram de enfermeiras, em grande maioria na faixa etária dos 31 aos 40 anos de idade. Nosso país representa um terço das mortes de profissionais de Enfermagem pela doença e os números voltaram a crescer em janeiro de 2021.

 

O ex-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Manoel Neri, comentou, em 2020, sobre a quantidade de morte que vem ocorrendo no Brasil: “É uma situação grave, que exige medidas imediatas para evitar o adoecimento em massa de profissionais, que pode ser catastrófico não apenas para os diretamente afetados, mas para o próprio sistema de saúde do Brasil”. 

 

A importância da enfermagem, uma profissão essencialmente feminina, tem se mostrado diariamente para o cuidado com os pacientes infectados pelo novo Coronavírus. Além da habitual diferença de gênero que diariamente toda mulher tem que enfrentar, a enfermeira ainda precisa lidar com a infecção viral, já que foi comprovado que as mulheres possuem maiores índices de contaminação, sem deixar de lado o cuidado com a casa e com a família, vivendo diariamente em risco de contaminação. 

 

De acordo com Sueli, o projeto tem como objetivo promover uma mudança cultural para disseminar atitudes igualitárias, respeito à sexualidade e diversidade de gênero. Homenagear essas mulheres é valorizar a importância do seu trabalho e denunciar as inúmeras injustiças de que as mulheres geralmente são alvo. “A pandemia gerou efeitos imediatos aumentando a desigualdade de gênero e piora na qualidade de vida das mulheres. Valorizar o trabalho da enfermagem passa por maior remuneração e representatividade em cargos de liderança, contribuindo para melhorar a igualdade de gênero e construindo economias mais fortes”, destaca. 

 

O Projeto
Este projeto de extensão é realizado em Maringá e seus principais objetivos são a prevenção a formas de violência contra as mulheres por meio de ações educativas nas escolas públicas e comunidades, promovendo o empoderamento de mulheres e meninas por meio do conhecimento sobre seus direitos sexuais e reprodutivos, justiça reprodutiva e violência obstétrica.


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