Enfermeira do HUM concorre ao Prêmio Protagonista do Ano 2023
A enfermeira Rosane Almeida de Freitas, coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Universitário Regional de Maringá, está concorrendo ao Prêmio Protagonista do Ano, promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren). A iniciativa visa homenagear, destacar e reconhecer o trabalho de profissionais de enfermagem.
O objetivo é evidenciar os profissionais e seu papel frente aos desafios da profissão sob o tema “A sua história nos inspira”, que se dará em uma cerimônia de reconhecimento e homenagem, após um processo livre e espontâneo de inscrição de relatos históricos em quatro categorias: história de superação, história que marcou a carreira profissional, história de conquista e de inovação.
Segundo Rosane, que concorre na categoria ‘Histórias marcantes na atuação profissional’, concorrer a esse prêmio é muito gratificante, porém mais gratificante é saber que a História que concorre ao prêmio foi escrita por um familiar de paciente. “Muitas vezes não temos noção do quanto o nosso acolhimento, nossa assistência humanizada e respeitosa afeta de forma positiva as famílias, como podemos observar no texto escrito por Laliane Kovaltchuk Zezzi Piovesan, assim como um mau atendimento pode afetar negativamente e até causar danos irreparáveis para toda família”.
Rosane ressalta que os profissionais de saúde escolhem estar em um hospital, já a família e o paciente não. “Costumo dizer que o relógio de quem trabalha com acolhimento não tem ponteiros, pois estamos à disposição da família 24 horas por dia, 7 dias por semana. Já participei de reunião com família para doação de órgãos tendo acabado de receber notícia de morte na minha família e acabamos nos acolhendo mutuamente. Você coloca sua dor “no bolso” e cuida da dor do outro e quando vê o outro está cuidando de você, é simplesmente emocionante.
Ela conta que atuar no processo de doação não é uma tarefa fácil. “Lidamos diuturnamente com a dor e o sofrimento de quem perde um ente querido e não temos nenhum contato com as pessoas que recebem os órgãos e tecidos doados através do transplante, por questões éticas. Precisa mais do que preparo técnico, precisa ser humano e respeitar as crenças e a individualidade de cada família.”
“O foco principal do nosso trabalho é esclarecer as dúvidas que surgem seja durante o processo de determinação de morte encefálica ou mesmo durante a entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes de forma empática e acolhedora, independente da decisão da família. Entendo que quando deixamos explicito para a família que tudo o que estava ao alcance foi feito e tratamos a família com respeito seja na comunicação da gravidade do caso ou até mesmo quando ocorre o óbito, a família compreende e agradece o nosso cuidado. Sendo assim a doação de órgãos e tecidos não é o objetivo e sim a consequência da assistência humanizada prestada”, ressalta.
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