SETEMBRO VERDE: UM MÊS DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

 

O mês de setembro é especialmente significativo para a sensibilização para a doação de órgãos e tecidos para transplantes de profissionais de saúde e comunidade em geral. Conhecido como Setembro Verde, esse período busca intensificar ações educativas e reforçar a importância desse ato de solidariedade, que pode salvar e transformar vidas. Este ano a campanha lançada pelos profissionais que atuam no Serviço de Doação tem o tema “Doação de órgãos... Plante essa idéia!!!”.


 

O Serviço e a Comissão de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital Universitário de Maringá (SCIHDOTT - HUM) são coordenados pela enfermeira Rosane Almeida de Freitas, atua em consonância com a Organização de Procura de Órgãos de Maringá vinculada à Central Estadual de Transplantes do Paraná . A equipe conta com a colaboração dos enfermeiros Ellen Catarine Cabianchi e Fernando Taborda de Souza, além de profissionais da equipe multidisciplinar, incluindo a enfermeira Maria Aparecida Pinheiro da Silva, as médicas Daniela Grignani Linhares e Renata Nogueira de Moura, as psicólogas Emanuela Lucas Dias e Thaís Fernanda Cabral dos Santos, as assistentes sociais Eliane Belletati Mendonza e Flávia Leite da Silva, e a auxiliar administrativa Maria de Lourdes Tarelho Lopes. 

                                            



Essa equipe é responsável por identificar potenciais doadores de órgãos e tecidos, mas, acima de tudo, se dedica a acolher as famílias de pacientes em estado crítico, independentemente da doação. Oferecem apoio emocional e assistência nas questões sociais, buscando garantir um atendimento humanizado e digno. Por se tratar de um Hospital Universitário, a equipe também realiza capacitações para profissionais de saúde.

                                      

 “Nosso trabalho é acolher e esclarecer dúvidas durante o processo de Determinação de Morte Encefálica ou mesmo na Parada Cardiorrespiratória e dar a possibilidade de doação de órgãos ou tecidos às famílias. Quando mostramos à família que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e tratamos com respeito, seja na comunicação da gravidade do caso ou após o óbito, a família entende e agradece nosso cuidado. Assim, a doação de órgãos e tecidos torna-se uma consequência da assistência humanizada que oferecemos”, explica a enfermeira.

Freitas menciona que trabalhar no processo de doação de órgãos não é uma tarefa fácil e envolve lidar constantemente com a dor e o sofrimento das famílias que perderam um ente querido. “Para atuar no Serviço de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes além da competência técnica é fundamental ter disponibilidade, sensibilidade e respeitar as crenças e a individualidade de cada família.

Passar por um processo de luto muitas vezes é inevitável. Um acolhimento humanizado e respeitoso pode trazer um alento e impactar positivamente às famílias, assim como um atendimento inadequado pode afetar negativamente e até causar danos emocionais irreparáveis”, comenta Freitas.

A doação de órgãos é uma ação que representa esperança e uma nova chance para muitas pessoas que enfrentam condições de saúde críticas, a qual o transplante pode ser a única chance de vida.

A coordenadora do CIHDOTT/SIHDOTT destaca que, enquanto os profissionais de saúde optam por estar em um hospital, a família e o paciente muitas vezes não têm essa escolha. “Costumo dizer que o relógio de quem trabalha com acolhimento não tem ponteiros; estamos à disposição da família 24 horas por dia, 7 dias por semana. Já participei de reuniões com famílias para discutir a doação de órgãos, mesmo tendo recebido a notícia de um falecimento na minha própria família, e acabamos nos apoiando mutuamente. É emocionante ver como, ao colocar a própria dor de lado para cuidar da dor do outro, você acaba sendo cuidado também.”


 Rosane Freitas reforça a nobreza da doação das famílias em momento de perda. “Doar algo que não faz falta é fácil, mas doar o bem mais precioso alguém da nossa família é o maior ato de caridade que existe”. Ela também expressa sua gratidão aos apoiadores incansáveis dessa causa: Dorival Stábile, Gabriel Ciochetta, Raquel de Moraes Fonseca e Roseli Placedina Pires, transplantados e Laliane Piovesan, familiar de doador, sempre envolvidos em ações de incentivo à doação. Agradece ainda, a todos os profissinais envolvidos e membros do SCIHDOTT, ressalta que sem uma equipe comprometida não seria possível realizar esse trabalho com excelência.

                                                       

                                                               Laliane Piovesan, familiar de doador

 “Que possamos fazer a diferença na vida daqueles que cuidamos, sejam pacientes ou familiares. Que a doação de órgãos e tecidos possa ressignificar a morte, trazendo conforto às famílias que doam e uma nova oportunidade de vida aos que recebem”, finaliza Freitas.

 


Enfª Drª Rosane Almeida de Freitas  – Coordenadora do SCIHDOTT-HUM

Publicação: Elisângela Leite da Silva, Secretaria HUM





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