HU da UEM atua no diagnóstico precoce de câncer infantil
Neste dia 15 de fevereiro, é lembrado o Dia Internacional de Luta Contra o Câncer Infantil. A data foi criada pelo Childhood Cancer International (CCI), em 2002, para conscientizar a população a respeito do câncer em crianças e sensibilizar a sociedade para a busca do diagnóstico precoce. O HU da UEM atua no diagnóstico de casos de câncer em crianças por meio do atendimento de Oncologia Pediátrica, embora não receba pacientes encaminhados, pois isso acontece em hospitais que são centros de referência.
A oncopediatria Alessandra Borges afirma que é comum a identificação da doença em pacientes que procuram o HU livremente, queixando-se de sintomas diversos, ou que são encaminhados pela Central de Leitos do Estado com outro diagnóstico. “Essas pessoas, atendidas, são diagnosticadas com câncer, ou encaminhamos após encontrar suspeitas, ainda que sem diagnóstico, para os centros de referência”, afirmou. Os pacientes com câncer da região são referenciados para Londrina ou Curitiba.
Segundo Alessandra, de 30% a 35% dos casos de câncer infantil são casos de leucemia, seguidos das incidências de linfomas e tumores no sistema nervoso central. O diagnóstico precoce, segundo a médica, é fundamental para uma boa chance de cura. “Temos alguns sintomas de alerta para leucemia, que são o aparecimento de manchas roxas na pele sem situação de trauma anterior, anemia sem falta de ferro no organismo, caroços que aparecem pelo corpo, entre outros”, disse a médica.
O câncer infantil é uma doença rara. De acordo com a médica, o diagnóstico eficiente e precoce esbarra, muitas vezes, na própria qualificação de equipes, que devem reconhecer sintomas antes que eles se manifestem gravemente. Por outro lado, da parte dos familiares e principalmente dos pais, o medo do câncer infantil é constante desde o nascimento da criança. “É um temor de quem tem filhos pequenos, então a atenção acaba sendo redobrada”, considerou a oncopediatra.
A Dra. Alessandra ressalta que há, inclusive, uma relação direta, comprovada por estudos científicos, entre os níveis de escolaridade formal de mães na busca pelo diagnóstico do câncer. “Observa-se que as mães com mais escolaridade vão em busca do diagnóstico mais rápido. Isso melhora, e muito, as chances de cura”, encerrou.
Assim, a data de 15 de fevereiro deve servir de lembrança para que esse diagnóstico seja procurado de forma rápida, quando suspeitado pelos pais, que seus filhos apresentem algum dos sintomas citados, isso pode aumentar as chances de cura.
Reportagem: Willian Fusaro.
Disponível no site de Notícias da UEM.
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