Central de Resíduos do HU da UEM vai aprimorar gestão do lixo hospitalar


O Bloco S37, onde funcionará a Central de Resíduos do Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem área de 211,46m² e foi reformado e ampliado, com investimentos de R$1.031.611,87. O prédio foi construído pela Planespaço Construtora, de Maringá, que também construiu quatro abrigos temporários de resíduos. O espaço, que foi inaugurado no último dia 30 de maio, com a presença do secretário estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, vai aprimorar a gestão do lixo hospitalar no HUM.

O novo espaço vai permitir ações como a separação correta dos recicláveis e o tratamento adequado dos resíduos orgânicos. O local vai contribuir para a diminuição do lixo hospitalar infectante, aumento do reciclável (que deve ser tratado o quanto possível), a redução do desperdício, operacionalização da logística reversa, geração de energia limpa e renovável através da decomposição de resíduos, entre outras ações.

O reitor Leandro Vanalli destaca que o novo espaço faz parte do plano diretor da gestão, que é a modernização da infraestrutura e dos equipamentos da universidade. “Ao assumirmos a gestão da UEM, dedicamo-nos à melhoria das condições de trabalho dos servidores e melhoria no atendimento à população em geral, que dependem dos serviços prestados pela UEM. Esta entrega, onde funcionará a Central de Resíduos, é um exemplo disso, que, somada à retomada do Bloco industrial, que ampliará ainda mais os serviços de apoio do hospital às atividades clínicas e assistenciais, proporcionarão melhores condições de trabalho e a otimização de recursos e melhoria no atendimento. Estamos tendo apoio do Governo do Estado através dos recursos disponibilizados, e que não param, pois ainda temos a ampliação do Centro Cirúrgico e Sala de Ressonância para concluir, além da nova maternidade”.


A superintendente do Hospital Universitário da UEM, Cremilde Trindade Radovanovic, afirma que a obra é bastante esperada e representa uma conquista para a comunidade interna do HUM. “É um passo importante para a qualificação da gestão dos resíduos gerados no ambiente hospitalar, que está em consonância com as diretrizes da legislação ambiental e protocolos de biossegurança. Costumo dizer que é uma obra pequena, mas gigante por sua importância e muito aguardada por nós”, ressaltou a superintendente.

De acordo com o coordenador da Central de Resíduos, Evaldo Pereira Lopes, a central vem para atender às legislações brasileiras, em todos os níveis. As mais conhecidas e importantes são a Lei Federal 12.305, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS); a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 222/2018, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos serviços de saúde; e a Portaria 1280, do Ministério da Saúde (MS).

Será permitido, agora, efetuar a separação de recicláveis, que correspondem a aproximadamente 20 toneladas/ano, ou 5,7% do total gerado pelo HUM. “Com a central, teremos espaço para efetuar a separação do lixo comum. A intenção é sempre aumentar o reciclável, reduzir o lixo infectante e também o comum”, ressaltou Lopes. 


As estimativas do setor apontam que, em anos, a geração de recicláveis chegue a 35 toneladas/ano, quase o dobro do evidenciado atualmente, devido ao aumento da demanda na assistência em saúde no Hospital. Já os resíduos orgânicos, ao todo, poderão ser até 70% reaproveitados, pois, com o processo de tratamento, virariam água, que seria utilizada para serviços de limpeza e rega. O lixo orgânico corresponderam a 30% (80 toneladas) do total de lixo comum (246 toneladas) gerado pelo HUM. 

O lixo comum corresponde a mais de 50% do gerado pelo hospital. Em 2024, o Hospital Universitário gerou mais de 453.161,60 kg de resíduos sólidos, dos quais 56% (246.044,60 kg) de lixo comum. O restante é composto por lixo infectante, com 34,9%; reciclável, que representa 5,7% do total; químico, com 1,4%; e perfurocortante, também com 1,4%.

Joga fora no lixo

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a taxa média de geração de resíduos sólidos em hospitais latino-americanos está em torno de 1kg a 4,5kg por paciente/dia. O HUM mantém um nível de geração de lixo hospitalar por leito semelhante ao máximo preconizado, com intenção de reduzir para até 3kg leito/dia, um dos principais desafios do Serviço de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, inaugurado em 2016.

A responsável técnica da Central de Resíduos, a farmacêutica bioquímica do Hospital Universitário Daniela Dambroso Altafini, afirma que, com o novo setor, a redução pode ser uma das metas do Hospital, já que o tratamento global de todos os resíduos gerados poderia ser feito. Além disso, o novo setor também dispõe de uma balança, o que vai permitir maior controle do que é produzido no Hospital antes de ser enviado à empresa responsável pelo descarte dos resíduos. “A balança eletrônica da central tem capacidade de pesagem de 10 g a 400 kg. Ela vai transmitir em tempo real essa pesagem”, afirmou.

Reportagem: Willian Fusaro.
Disponível no site de Notícias da UEM

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