Personagem da semana - O bendito fruto da sala 209
Esta semana começa um novo quadro no site do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), que se chama: Personagem da Semana. Nele iremos retratar, toda segunda-feira, algum funcionário do HUM, que transformou esse hospital em sua casa.
Antônio Luiz Vieira Chá Chá, 53, já passou por cinco setores dentro do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM). É impossível andar pelos corredores do hospital e achar uma pessoa que não conheça essa figura. E que figura. Chá Chá, além do sobrenome, virou seu apelido carinhoso, que por 22 anos contribui com o HUM.
Antônio Viera Chá Chá a 22 anos trabalhando no HUM |
Contando um pouco sobre sua passagem pelo hospital, Chá Chá, formado até o terceiro grau incompleto em sociologia, afirmou que a primeira coisa que pensou quando viu seu nome no edital para trabalhar no HUM, lá em 1997, foi preocupação: “eu não gosto de ver sangue”, disse, “mas depois de um tempo a gente se acostuma”.
Entre uma brincadeira e outra, ele vai contando que, aos 31 anos, quando assinou o contrato definitivo com o HUM e começou a trabalhar na recepção do Pronto Atendimento, queria mudar o mundo. Idealista e entusiasmado com as novidades.
Chá Chá viu o HUM crescer e se tornar o grande complexo de cuidados em saúde que é hoje. Para ele, um ponto negativo desse crescimento foi a diminuição das relações interpessoais. “Antes, o hospital inteiro cabia dentro de um salão de festas. Hoje, cada setor faz suas confraternizações e isso isola as pessoas, sinto que os servidores não se conhecem mais”.
Recepção do Pronto Atendimento, Central de Vagas, Serviço de Prontuário do Paciente, Ambulatório e, atualmente, Compras. Cinco é o total de setores que Chá Chá trabalhou. Bendito, é ele, o fruto entre as mulheres da sala 209, do segundo andar do Bloco Administrativo. Mirian Aparecida Micarelli, que o conhece há 22 anos, e Joseli da Silva Araujo, têm o prazer de trabalhar com o técnico todos os dias, desde 2015, quando Chá Chá passou a integrar esse setor.
Exigente, atencioso e divertido. Esses são alguns dos adjetivos que Mirian e Joseli escolheram para caracterizar Chá Chá. Divertido, eu, que o conheci em poucos minutos, concordo. Quando eu estava fazendo a entrevista para compor esta matéria, recebi uma ligação. O toque era o sonoro de um pato. Chá Chá brincou “gente, tem um marreco entrando pela janela?”. A sala toda riu e a situação que era constrangedora se tornou divertida.
Quando perguntei para ele como era o dia a dia aqui no hospital ele respondeu no mesmo instante: “assim como toda família, tem dias bons e dias ruins”. Para além das brincadeiras e aprendizados que o trabalho oferece, há muito estresse também. Ele conta que, às vezes, as pessoas necessitam de materiais, mas o hospital não tem dinheiro para suprir as demandas e isso cria um ambiente de tensão.
Quando fui pedir uma foto para compor esta matéria ele me disse: “não pode ser um retrato da família toda?”. Família que ele construiu nesses 22 anos de doação ao HUM. Família que ele se emociona ao falar. Família. É assim que ele nomeia seus colegas de trabalho e isso quer dizer muito mais sobre essa figura, do que este texto.
Excelente pessoa e um profissional exemplar. Parabéns
ResponderExcluircada um de nós temos nossa historia. Mas que familia hu um dia se acaba pois cada um segue seu caminho. Tem uma frase que diz ( nunca traga seus problemas de casa para trabalho ) ai eu respondo , sempre trago pois sei que esta familia Hu sempre esteve pronta pra ajudara resolver meus problemas sem se deixar interferir no trabalho . Este nosso irmão carinhosamente apelidado por CHA CHA e muito gente boa
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